aqui na lua
terça-feira, novembro 18, 2003
  Campo
Um frio solarengo e brilhante da geada cobre a manhã. Estou no campo e sinto-me no campo. O verde pintado de azedas, os fios de nuvem baixinhos, Sintra descoberta... Maravilhoso. Daqui vejo uma faixa de mar azul.
Quero acabar aqui os meus dias, daqui a muitos anos.
Quero sentir o nariz frio e trazer as luvas sempre que sair de casa.
Quero beber um chá todas as manhãs no café daqueles que têm cortinas nas janelas, toalhas de pano nas mesas e um sino a avisar quem entra.
Quero enterrar as botas na terra e entrar em casa pela cozinha.
Quero sentir o cheiro da comida misturado com o cheiro da cera.
Quero ficar sem luz de vez em quando.
Quero lembrar o mundo pelos livros e esquecer que o futuro se aproxima.

E quando os meus filhos forem grandes e "a lua tiver rachado e caído" quero que possam ver o que é simples e descomplicado e o que a cabeça dos homens tem de mutante e complexo.

De longe... para não se magoarem.
 
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Cronicas de uma nova colonia. Comentarios: aquinalua@gmail.com

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