aqui na lua
quinta-feira, junho 17, 2004
  Ternura


Desvio dos teus ombros o lençol

que é feito de ternura amarrotada,

da frescura que vem depois do Sol,

quando depois do Sol não vem mais nada...



Olho a roupa no chão: que tempestade!

há restos de ternura pelo meio,

como vultos perdidos na cidade

em que uma tempestade sobreveio...



Começas a vestir-te, lentamente,

e é ternura também que vou vestindo,

para enfrentar lá fora aquela gente

que da nossa ternura anda sorrindo...



Mas ninguém sonha a pressa com que nós

a despimos assim que estamos sós!

David Mourão-Ferreira



 
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